domingo, 27 de fevereiro de 2011

Títulos, rótulos

O que são isso que colocamos as pessoas? Sem antes mesmo de conhece-las. O mundo deveria ser mais justo, longe de pré-julgamentos, opiniões mal formadas, ou até mesmo, más impressões. Falar pode até ser facil, difícil é observar uma pessoa, sem a velha mania de tentar defini-la, adivinha-la. Depois sempre vem a surpresa, boa ou ruim. Certo que as pessoas nunca são o que pensamos, e nos surpreendem, positivamente ou negativamente. Tanto faz, tanto fez. A questão é, além de criarmos nossas próprias conclusões sobre as pessoas, ainda alimentamos a ideia que colocamos, e sempre nos prejudicamos com isso; seja perdendo a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, ou de nos decepcionarmos. Mas enfim, está ai, outra cláusula da vida que ninguém nunca irá resolver.
Karol Buenno 27-02-11

Nada do que foi será, de novo do jeito que ja foi um dia..

Nem todas as cores de um arco-íris é capaz de iluminar os tons fracos e desgastos que se deixa um amor falho, em um coração partido. Nem todas as flores, de todos os jardins, conseguem repor uma sequer rosa murcha. Que depois de seca, perde toda sua beleza e perfume. E é impedida assim de exalar seu amor. Assim como uma rosa, um coração precisa lá de seus cuidados. Cabe a quem o tem as mãos, protege-lo. "Pense bem antes de magoar um coração, seja la qual for, pois você pode estar dentro dele."

Karol Bueno 27-02-11

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Condores ou andorinhas

Os espíritos, nascem condores ou andorinhas, ou ainda outras espécies intermédias.
A uns é necessário o horizonte vasto, a elevada montanha, de cujo cimo batem as asas e sobem a encarar o sol; outros contentam-se com algumas longas braças de espaço e um telhado em que vão esconder o ninho. Estes eram os obscuros, e os mais felizes. Não seduzem as vistas, não subjugam os homens, não os menciona a história em suas páginas luminosas ou sombrias; o vão do telhado em que abrigaram a prole, a árvore em que pousaram, são as testemunhas únicas e passageiras da felicidade de alguns dias. Quando a morte os colhe, vão eles pousar no regaço comum da eternidade, onde dormem o mesmo perpétuo sono, tanto o capitão que subiu ao sumo estado por uma escada de mortos, como o cabreiro que o viu passar uma vez e o esqueceu duas horas depois. (Helena - Machado de Assis)