domingo, 15 de janeiro de 2012

Era uma vez dois corações e um cúpido. Um cúpido esperto, que fez questão de flechar os dois corações de uma vez só. A flecha foi tão funda que eles se apaixonaram perdidamente. O que foi bom, pois o amor reinava entre eles. Aquele sentimento, aquele amor todo se desenvolveu tão rapido, cresceu, cresceu com a velocidade da luz. Ficou tão grande que parecia a qualquer momento ser capaz de explodir. Um completava o outro, com seus defeitos e qualidades, se misturavam perfeitamente. Como nunca havia acontecido antes com nenhum deles. Um dia um dos corações acordou e resolveu que não amava mais. Que não queria, não desejava mais. E pra ele foi simples, foi dizer que acabou e que ficaria tudo bem. Mas pro outro ja não foi tão simples assim. Ele ainda acorda todos os dias, com seu amor intacto, do mesmo jeitinho, se não maior. Pra ele nada mudou, ele chora todas as noites tentando acabar com esse sentimento horrivel de perda que o outro deixou. Ele quer apagar as lembranças que ficaram, mas são tantas, são tão especiais, foram tão bem guardadas, que ele é incapaz de esquecer. Essa saudade o domina. Sensação de que a graça da vida acabou, que o outro levou quando partiu. Ele ta machucado, partido. Ele não quer mais bater.
Karoline Bueno

Nenhum comentário:

Postar um comentário